me vejo às voltas
comigo mesmo
(habito uma prisão sem grades
sem correntes a ofuscar
a mobilidade
das articulações)
da fonte sem lugar
que pulsa sem cansaço
em mim
renovo os votos
da fidelidade mais crucial
(o amor não é mais que a vida
a vida é movimento
e sempre pede
doce ou austera
reservada ou sonora)
penso no que sinto
sinto o que penso
nas bordas da compreensão
e decido
(na velocidade da luz
que de dentro de mim
se solta
e de fora de mim
me penetra
ubíqua
e imperiosa)
tenho enfim chaves intangíveis
o segredo das ilusões
a pólvora do alerta
mancando ainda
atravesso o invisível
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