N'água e na pedra amor deixa gravados
seus hieróglifos e mensagens, suas
verdades mais secretas e mais nuas.
"Entre o ser e as coisas"
Carlos Drummond
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Ela, despindo-se na noite
Arisca, sopra um manto de aromas macio num alinhar de fendas vermelhas pela neve. Banhando-se em lições de boticário alisa a camada inflamada sem nela encostar. Coberta de pétalas translúcidas acalenta alunos desavisados que tremulantes no escuro se tateiam. Plantando miradas como fios de rio marulhando doces frases, investe penas a colorir com tintas várias papiros envolvendo pedaços de chão. Assovios tomam conta dos ventos imunes a qualquer violência, intimamente expandindo a presença de amores no intangível. O fogo, no centro de cantigas infantis, corta a noite e preserva inocência em labaredas ancestrais. Dentro do azul carícias agarram a vida entrelaçando resíduos de dores, liberando seiva tornam imagens úmidas abrindo caminho no insondável. No prado fluindo um sono luminoso ela acolhe afeição enquanto o magma num balanço escreve no céu.
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Um comentário:
Belíssimo
Fabuloso
Divinal
Parabéns a essa mente a essa alma e a esse coração!
e
a
essas mãos! que obedeceram tão bem, à inspiração de tais identidades.
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