O sol lança uma sombra dourada na cidade,
luz serena no tilintar assíduo dos seres:
não se precisa de viseiras.
Os olhos se encostam através das brisas,
brincando como sedas esvoaçando.
O som é de canção e cada ouvido se adapta
à sua beleza: todos degustam letras gentis
enquanto argumentos desabam.
Os raios sugerem o passo,
destino em cada grão de areia revolvido.
A chuva vem como unguento disfarçado,
incenso derramado nos sulcos do ar.
A terra se demora elaborando a justa densidade,
dançamos a umidade com sementes nos pés.
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