N'água e na pedra amor deixa gravados
seus hieróglifos e mensagens, suas
verdades mais secretas e mais nuas.
"Entre o ser e as coisas"
Carlos Drummond
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
punhal, espelho rubro
não sei se me projeto, ou me finco, te firo, para num grito vires a mim, curador solitário do meu próprio veneno, te miro, vista de faca, no inverso das lentes, mescla de foi e de não é, te acolho, cavidade acesa, palavra-cristal retinindo, incubando está e será, não sei se te distingo à míngua na outra esquina, funda densa esvanecendo o sentido de todas as elegias, fervendo manso os anseios em ruas de pedras molhadas, calejadas das solas de muitas tramas, no teu mover-se morando o estático das colisões de dores abertas, não sei se te grito, para num desejo de ferir vires a mim, curadora solitária do teu próprio veneno
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