A cada hora.
A cada dia.
Nós nascemos a cada dia.
A cada hora.
A cada momento.
Notemos a Morte ao nosso lado, a todo instante.
Sigamos seu conselho, viva,
enquanto não nos conduz ao Desconhecido.
Deleitemo-nos no tempo incerto que respira à nossa frente.
Mas os xeques estão em nossas mãos e em nossos espíritos.
Multipliquemo-los até o fim, embora o Rei não se abata.
Dar xeques não chega a ser enganá-La.
A cada vez que A ameaçamos, ainda assim, estamos ganhando a partida.
Um rei que luta até o fim, abraçando a falta de qualquer alternativa, a incorpora, plenifica-se no espaço vazio.
Dancemos, de mãos dadas, jorrando o canto belo e o sublime gorjeio.
* Fotogramas de O Sétimo Selo, de Ingmar Bergman (1957)
Um comentário:
A-do-rei a mescla de texto e imagens do filme, essa obra-prima do Bergman! O blog está lindo! Quem dera pudéssemos ouvir, em todos os momentos, essa sua reflexão, que é também do filme, claro, antes de nos abatermos por qualquer coisa...
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