Márcia acordou faminta. Nada na despensa. No supermercado, um infante de dois ou três anos a mirava pensativo. Ela lhe sorriu. No trabalho, discutiu com um colega sobre um traço. Sua amiga lamuriava agruras sentimentais, ao tomarem limonada. O telejornal alvejava acidentes e assassinatos. Adormeceu no meio de uma sitcom e sonhou com uma parede.
Márcia acordou faminta. Foi à loja de ferragens e pagou por um martelo. O maior que pôde encontrar.
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