O Branco, envolvendo lentamente o rio negro do tempo com todas as cores, incorporando e fluindo numa união-encanto que nutre o âmago insondável das pulsações, toando em onda-melodia a luminância exatamente discreta ou sublinhada, carregando música entre curvas e pontos religados, oferendando em ritmo alternante o escorrer das horas em perene dissolver e reintegrar, assovios-marulho sutilmente esvoaçando o útero de todas as criações,
explode escorchante encadeando uma lira sem origem nem parada, solfejo, murmúrio e grito num composto em que centro e fronteira inexistem, luz no obscuro, raio raro e peregrino.
Um comentário:
O poema é puro fluir, como uma cachoeira. Prosa poética bem feita é assim. :-)
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