I
Marcos teve os pés decepados na guerra.
É por isso que flutuava.
Os doutores enfronhavam robôs.
Chips vinham ao socorro, partindo de cérebro e mãos.
Cérebro e mãos construindo pés.
II
O século traz uma nova seiva.
Sangue fertiliza e se afeiçoando brota.
A carne, recém-nascida, aos trancos vive e se junta.
Não é mais tempo de engrenagens.
Ludibriando a anciã natureza, mais se a humaniza.
Batizando nos pés impresumível valor,
Marcos afunda-os na úmida terra.
Nunca o frio plantado
e o cheiro encorpado foram tão gratos.
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