A noite cobre os cristais
a rasgar a pele negra dos sonhos,
andarilhos erram no asfalto molhado
que brilha no silêncio das gotas.
Um raio penetra a expectativa das paredes,
luz de abismo acende dentro
e fura as pálpebras
se espalhando sem fronteiras
no sereno do inaudito orvalho.
Os acordados fluem aromas
na discrição de um canto soprado
de poste em poste,
abarcando com seu brando timbre
todas as partículas do ar
que os ouvidos respiram.
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