Os camponeses,
tomando banho de vento,
pra lá de cancelas douradas
ninam carcaças,
os olhos sugando
a umidade do corpo.
Anjos se arrojam,
sonhando fundir-se
enlamaçando a caatinga;
carecendo de violência,
asas densas como pólen
insuflam pulsos informes,
fios de virada na devastação.
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