Bartenders de olhos cravados
espremem palavras, entornando
o suco vermelho em poros,
misturando empatias ensurdecidas
por gritos próprios, pilando
cacos de toques afáveis
lascados em acidentes mudos
ingenuamente provocados.
Como cães ladrando para espelhos,
em acessos de contragosto
nas taças do involuntário,
insabido, narciso esfarrapado,
a turba embala analgésicos
em projéteis atirados,
desastrados, nos pés
despercebidos a mancar
rasgados, sobre o visco inotável
escorrendo ligeiro na vereda
que lamentada se corrói.
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