As ações de todas as chuvas
não enterram os crimes,
as pistas ocultas na derme,
subjacências oleosas
sujeitas a raios suspeitosos
de eletricidade
a carbonizar pelos e camadas.
Trôpegos humanos,
bêbados de iniquidade,
banhando o dorso e a face
na lama
restante de detritos
de cegas implosões de madeiras
duras e curtidas.
O asco
de sangue marrom
não evapora
sob o branco, carente
de substância real.
O fétido olhar
maculado de cores fanadas,
as mãos lisas
escorregando em pães e pentes,
solfejando intrigas
qual orfeus desalmados,
enxergando nas cabeças nuas
pedras por onde o rio
se atravessa.
À vil ilusão
da eternidade de todas as formações
materiais,
de um controle certo
de carnívoras plantas
e armadilhas insurretas,
os mosquitos zunem pompas,
declaram límpidas entranhas,
ferrões doces de algodão verde-rosa,
em sucções descansadas
que alimentam sem nutrir
e agradam na
inanição.
O tempo fecha de novo,
ventos arregimentam.
Não tarda o ciclone,
séculos são dias:
um furacão providencial
é o aprendizado de
uma vida.
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