Palavras
em mesmerizante brisa
a exalar de carbono
monóxido,
ganhando aroma de nobreza,
suando
reses encilhadas
na ignorância arquitetada,
urdida nos porões a céu aberto
de arranhantes coberturas,
em que uísque e água
demarcam, em clareza dissimulada,
sua distinção, contraste sujo,
com a secura inane,
a fome sem norte,
e a miopia deslumbrada.
Faíscas aguardam
enquanto o oxigênio arregimenta
a precipitação
de lágrimas torrencias,
filhas da beleza
do nítido amanhecer.
Explosões molhadas
tornam bolsas em mochilas,
balbúrdias em diálogos
e ferimentos mútuos
no aprendizado difícil da ideia
e do convívio valorado.
Sob lânguidos uivos,
sedentos sulcam emaranhados
cortando vias improváveis,
no estertor da brasa,
pés queimados cicatrizando
na lida, quiçá malograda,
necessária
como veias desimpedidas.
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