não quero subir elevadores cinzas
de edifícios armados de câmeras
mas pintar suas paredes de azul-céu
atingir o relento dos andares mais altos
dançando um rito no ritmo dos astros
cujos brilhos cadentes não distingo
missivar nuvens com sopros
levando em sua química etérea
a água dos enfermeiros
chovendo nos campos da lida
a abrandar retinas cegas de estrondos
o peito contorcido em divisão
dizendo ‘longe’ e tão perto tão dentro
o que se passa nos olhos lacerados
do derradeiro registro de ser
não são capuzes tremulando de orgulho
mas o despido vento dos seus
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