o destino está traçado.
não.
os dados estão jogados.
não.
os dados do destino traçam o jogo.
não.
o destino joga com o traçado dos dados.
não.
não tente me explicar o voo dos pombos.
não tente desenhar quadros sólidos no ar.
o céu não cai e os astros orbitam.
os amantes se olham e não sabem o que veem.
o mundo é feito de tentativas quase vãs.
ilusões se acumulam em insidiosas certezas.
na impossibilidade de conhecimento pleno
restam-nos escambos.
enlaces precários se multiplicam
enquanto gira a roda.
o uno e o diverso
se confundem e separam
sem revelar o segredo do movimento.
tanto som, tanto sentido,
e o espanto prevalece.
toda a inutilidade das buscas
padece na revolta dos seres
fenecendo milagrosa
nas mãos do jogador.
2 comentários:
Concordo contigo, mas creio que esse jogador possa ser a gente mesmo. Cada um no seu tempo busca esse entendimento, da sua parte de intencionalidade espontânea que contribui para a construção de inovações e reprodução de padrões. Lindo blog. Abraço
Sim, certamente. Todos somos jogadores. Interessante o seu comentário, sobre essa dinâmica de padrão/inovação. Obrigado pelo elogio. Um abraço.
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