o poema
escorrega, como o horizonte
desabala do andarilho que,
não descansando de estrelas distantes,
nuvens negras
ou ofuscantes esferas incensadas,
se furta a armadilhas,
desnudando em plásticos limites
as sombras, as luzes,
a vida inteira,
sonora alegoria
nunca satisfeita,
compondo em linha incerta
sentidos inchados
e esquivas profundezas
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