teu rosto
metáfora
do improvável
roçando
arisco
os recessos
fabulosos
da realidade
numa doce
incrustação
de pele
e movimento
desafiando
o tempo
se imortaliza
numa foto
reservando
na maciez
a aspereza
das dobras
teu rosto
metáfora
dos anos
por trás
dos olhos
é a mesma
e não é
em cada vinco
uma memória
em cada pinta
uma falta
no riso
genuíno
a decantação
da dor
a suada
alegria
o sabor
multiforme
da vida
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