N'água e na pedra amor deixa gravados
seus hieróglifos e mensagens, suas
verdades mais secretas e mais nuas.

"Entre o ser e as coisas"
Carlos Drummond

domingo, 28 de setembro de 2008

Parto

Como responderei,
à altura dos seus olhos castanhos,
com a mesma tinta que escreveu tantas bobagens
na pedra
na água
na areia.

Sangue incrustado em lâminas forjadas
nos infernos de sua chama azul-turquesa.

Nestas letras mirradas,
minha carne em tiras selada nos seus envelopes,
escondendo sob fórmulas precárias a certeza
adormecida nas entranhas, como lava.

Em sua luz crepuscular me torno cego,
encontro um guia no seu nome-cicatriz.

Por você penetro em todas as montanhas

3 comentários:

Edu Café disse...

Este poema foi escrito no início de 2004.

Unknown disse...

Passando primeiro só pra comparecer. Depois deixo comentários sobre os textos.

Anônimo disse...

Parabéns pelo blog, Edu, gostei da idéia. Beijos.