O casal se reúne
numa lareira de solidariedade,
no inverno sem estrelas por causa das nuvens.
O sentinela dos cumes,
com seu débil sopro cariciando a planície,
orvalha gotículas de vida sobre os frágeis telhados.
No horizontal rio chuviscado,
a barqueira rema para a saudade,
a beleza do seu coração que jamais presenciou.
Eis um retrato do mundo:
longe as luzes gritam infertilizando a terra,
no pequeno sobrado choramos a paz.
N'água e na pedra amor deixa gravados
seus hieróglifos e mensagens, suas
verdades mais secretas e mais nuas.
"Entre o ser e as coisas"
Carlos Drummond
sábado, 31 de agosto de 2013
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
O anjo de sangue
Subo, subo, subo
uma ladeira de névoa.
O anjo me acolhe
numa cabana de canções.
As águas flutuam,
meia-luz fundindo cores;
persegue a queda,
condensa sonhos em sangue.
uma ladeira de névoa.
O anjo me acolhe
numa cabana de canções.
As águas flutuam,
meia-luz fundindo cores;
persegue a queda,
condensa sonhos em sangue.
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
terça-feira, 6 de agosto de 2013
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