A ponte ruiu
a chuva quebrou
Nadamos até o fim das nuvens
um minuto e até mais
Fôlego deslizando no concreto partido
beleza torpe pra quem perde o tino
Vendaval em furor indomado
empoeirando o fantasma ubíquo
Bebida doce que arde vã
à procura de limão e sal
Embriaguez da perda estúpida
cegueira súbita do amanhã revolto
Agarrar-se a deus, diz a senhora
melhor seria varrer as capitais
Colocar a sujeira em sacos
e atirar nos caminhões
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