Este imperioso desejo,
que déspota carrega
o poder destrutivo
de um tsunami odioso,
arrancando raízes,
fanando pétalas tornadas
dissolvidas, maculadas,
renegando sem piedade
o júbilo de momentos
indeléveis e precisos,
eu me declaro
sobre ele soberano,
atento ao sinal
de qualquer submarino
terremoto, soando
alarme amigo,
retirando da costa
tudo o que é vivo
em mim, rumo às
montanhas do fogo
que, em combustão
deliberada, com leveza
desintegra
todo traço de tirania
e descontrole,
de capitulação absoluta
frente às águas caudalosas
da dileção tresloucada.
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