1
Ofuscante espiral despudorada
De luminares pendentes soterrados
Face fugaz de sóis tremeluzentes
Ópticos no azul cegante ensurdecente
Juvenil enroscado nas paredes
Deslumbradas em off na cena silenciosa
De filme das dez
2
No limiar de uma noite sugestiva
Ela quebra as dores de um dia antepassado
Restam madrugadas
Bêbadas de risos plangentes
3
Mal-estar de dedos cicatrizados
No pára-brisa encardido de gritos
Fulminantes
Rios de cachos de uvas passadas
À beira da estrada
4
As horas escorrem como chuvas
Esparramadas na trincheira da manhã
Um cheiro de sol e sorriso
Colado nos mecanismos secretos de um dia findo
3 comentários:
Estrofes de maio de 2008.
Agradecimento especial a Juliana Stanzani.
São belos versos. E a mim, deve não mais que a palavra mais sangrenta - assim soa aqui dentro - que a gente nem conta qual é.
É.
Um uni verso bom se alimentando do espaço de nós dois, Edu.
Obrigada por tudo.
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